quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Mundo real ou ideal? 
Reflexão l Ana Karla Ferreira 


O post hoje é um tanto filosófico porque estou vivendo um momento em que preciso deixar o mundo das ideias para viver o mundo real. Depois de tanto pensar sobre, resolvi escrever...

A gente passa tanto tempo planejando, imaginando alguns momentos na nossa cabeça e tudo funciona perfeitamente bem. Na nossa mente não existem limites de tempo e de espaço; você pode falar os desaforos que quiser para o outro; beijar alguém, mesmo que a pessoa sequer saiba da sua existência; você pode ser forte, ousada, recatada; falar as palavras certas nos momentos certos; propor, solucionar casos e ... Ah! Você é o que quiser ser e o mundo é como você quer que seja.

Já no mundo real, o outro é tão forte quanto você, tão protagonista quanto você e é aí que pega. Enquanto na sua cabeça ele deveria se comportar de tal forma, na realidade ele não faz e aí você se frustra. Enquanto você espera um beijo, você recebe apenas um oi; enquanto você espera uma briga, recebe uma indiferença; enquanto você espera um sorriso, não sabe o que receberá em troca... Pra mim, isso era (talvez ainda seja) muito confuso e até chato.

Mas é aí que mora a beleza do mundo real, ele é incerto, ou seja, cheio de possibilidades e surpresas. Sim, surpresas! Quantas vezes você não parou e pensou; "Meu Deus, nunca pensei que isso fosse acontecer?!" Pois é, talvez você esteja esperando um abraço de uma pessoa, mas aí aparece outra e te oferece o abraço que você tanto precisa e aí você descobre a amizade, o apoio, o carinho de um outro alguém que no mundo das suas ideias não existiria.

Além disso, viver, experimentar a vida é sempre a melhor experiência. Então, estou aprendendo a valorizar a minha casa real ao invés do castelo do mundo ideal porque na minha casa, apesar de não ter as portas de ouro e toda aquela beleza, tem a presença dos meus familiares, o cheirinho do café que a minha mãe faz, a batata frita nos lanches de domingo, o pão quentinho recém chegado da padaria, as divertidas conversas entre família, o amor inesperado e real das pessoas que me amam.

Como fazer? Acredito que esperar menos da vida seja o caminho. Continuo planejando e sonhando, mas tomando muito cuidado para traçar metas e correr atrás de realizá-las. Buscar ser paciente e ser flexível também tem me ajudado a lidar quando as coisas não chegam no tempo esperado ou quando eu vejo que preciso deixar de lado algo, sabe?! No fim das contas, aceitar as coisas como elas são: mude o que você pode, aceite o que não pode mudar e siga em frente!